22 Aug
22Aug



Um tema que exige uma abertura de pensamentos e conceitos. Nesse momento convido vocês a pensarem assim: nossa alma é livre e nosso corpo físico é o nosso primeiro formato, nossa condição humana, poderíamos ampliar essa concepção e dizer que seria nosso primeiro alvéolo, a cela individual onde a alma vai habitar por um tempo preciso . Com o passar dos anos criamos outros alvéolos, celas ou mesmo prisões através dos nossos  conceitos, preconceitos e julgamentos, eles vão nos formatando, nos dando uma matriz físico emocional, criando nossa identidade física conceitual. Essa identidade não flexível, , é certamente nossa maior prisão, ela nos densifica, nos tornamos pesados/as, pois carregamos uma mala inconsciente, mas que nos determina, muitas vezes não permitindo sequer que ultrapassemos a porta de nossa própria casa. Posso dizer que a mala material  é bem mais leve que a mala de pensamentos – esta é dantesca, não nos concede sequer caminhar. Já a outra mala, a material, podemos jogar fora, mas como jogar fora a mala de pensamentos? A outra, você pode pagar a alguém para carregar, mas quem leva sua mala de pensamentos? Ninguém. E isso é triste, porque esse é o cárcere, sua própria escravidão.


Mas a alma é sempre livre, pois é ela quem nos fornece a vida e por isso mesmo o clamor da liberdade é nato e interno a cada um e próprio a todas as pessoas, e isso nos torna muito semelhantes. Alguns ouvem esse clamor e o seguem, vão se conhecer, mergulhar no profundo de si, outros, a grande maioria das pessoas, transforma esse chamado num clamor contraditório, emaranham-se na própria teia e tornam-se massa de manipulação política/religiosa. Drogados em seus sonhos não caminham, atormentados pelos fantasmas interiores se viciam em jogos de sofrimentos e vitimizações. “Quero a liberdade”, dizem, mas de verdade rejeitam a própria liberdade. No fundo sabemos que liberdade é sinônimo de responsabilidade. E pagar esse preço poucos aceitam pagar.


Mas o grande clamor nosso é o vôo... a alma voar e saber voltar trazendo o pólen das flores cósmicas pra que o alvéolo se torne doce e fértil.

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